quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Documentário e debate encerram exposição sobre HQ nesta quarta


Documentário e debate encerram exposição sobre HQ nesta quarta

A projeção de um documentário sobre Quadrinhos Nacionais, produzido por alunos do 4º módulo do Curso Técnico em Computação Gráfica do Senac - Penha, às 14 horas desta quarta-feira (6), seguido de debate entre quadrinistas e fãs dos Quadrinhos, marca o encerramento da Semana Cultural de Histórias em Quadrinhos, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura de Suzano.

O documentário, que será exibido no auditório do Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi, com 20 minutos de duração com uma edição de imagens bem trabalhada, com efeitos de comutação gráfica e animações por computador, trata sobre a vida do precursor dessa arte no Brasil, Ângelo Agostini, e da própria História dos Quadrinhos até os tempos atuais.

Após a exibição do documentário será realizado debate público, aberto a toda a população, e os artistas da região do Alto Tietê vão tratar sobre a situação dessa arte quanto aos espaços para seu desenvolvimento, apoio público e futuro.

O secretário Municipal de Cultura, professor Suami Paula de Azevedo, fazendo um balanço do evento, considerou que foi uma ótima iniciativa: “Porque houve a participação de todos os artistas da área, e fiquei até surpreso, porque não sabia que havia tanta gente envolvida com esse tipo de arte na cidade e na região”.

Azevedo, que estará presente ao encerramento do evento, disse que, ainda este ano, pode ser realizada outra atividade sobre Quadrinhos. “Quem sabe no último trimestre do ano a gente volte a pensar em outra exposição sobre essa arte, envolvendo mais quadrinistas e trazendo artistas de expressão nacional para interagir com nossos artistas”, completou o secretário.

Quem foi Agostini
Desenhista italiano de Vercelli, nascido em 1843, Angelo Agostini, primeiro cartunista brasileiro e o mais importante artista gráfico do segundo reinando, ilustrou toda a Guerra do Paraguai, em 1864, e em seus últimos trabalhos testemunhou a queda do Império e a consolidação da República oligárquica.

Agostini viveu a infância e a adolescência em Paris, e chegou a São Paulo em 1859, com 16 anos de idade, acompanhado da mãe, Raquel Agostini, cantora lírica. Em 1864 fundou Diabo Coxo, primeiro jornal ilustrado publicado em São Paulo, e publicou textos do poeta abolicionista Luis Gama. Apesar da repercussão, foi fechado um ano depois. Persistente, Agostini lançou outra publicação: o Cabrião, em 1866, com ataques ao clero e às elites escravocratas paulistas e teve sua sede foi depredada, e faliu um ano depois.

Agostini mudou-se para o Rio de Janeiro, e lá desenvolveu intensa atividade em favor da abolição da escaravatura com reperesentação satíricas de D. Pedro I. Colaborou escrevendo e desenhando para publicações como O Mosquito, e a primeira história em quadrinhos do Brasil, considerada uma das mais antigas do mundo, foi publicada por ele em Vida Fluminense. Fundou a Revista Ilustrada, em 1 de janeiro de 1876 e criou o personagem Zé Caipora, em 1883, que apareceu em outras publicações, entre as quais O Malho e Don Quixote. 

Agostini trabalhou em outras publicações: O Malho e Gazeta de Notícias, e seu nome inspirou o prêmio que a Asociação de Quadrinistas e Caricaturistas de São Paulo concede anualmente aos melhores do ramo e para a criação do Dia do Quadrinho Nacional, comemorado no dia 30 de janeiro, mês de sua morte, em 1910.

Secretaria de Comunicação Institucional (SECOI)

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