Secretários
de Itaquá fazem balanço e revelam ações
para os primeiros 30 dias de trabalho
Na última sexta-feira (04 de
janeiro), o prefeito de Itaquaquecetuba, Dr. Mamoru Nakashima (PTN) apresentou
mais 7 secretários. O anúncio foi realizado no auditório da Secretaria de
Educação, no centro da cidade. Apenas o secretário de segurança não foi
apresentado, segundo Nakashima, o titular da pasta ainda não assumiu por conta
da descompatibilização junto a Polícia Militar, mas que um documento será feito
em breve e encaminhado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo Dr. Mamoru, o
diagnóstico é preocupante, no entanto está confiante para trazer soluções aos
problemas, não de hoje, enfrentados pela população.
Durante a apresentação, cada secretário, em sua pasta, pôde mostrar a situação em que a cidade se encontra e sobre ações pontuais para os primeiros trinta dias de trabalho. Os problemas apresentados vão desde a falta de estrutura e material a desvio de funções trabalhistas.
Joerly Ferraz Garcia Nakashima – Jô,
esposa Dr. Mamoru (Fundo Social)
“Ao contrário das outras pastas da
prefeitura, o Fundo Social está funcionando bem. Nós administramos a escola da
moda e um projeto do governo estadual com curso de corte e costura e queremos
ampliar a oferta. A ideia é trabalhar em conjunto com a Secretaria de Política
para as Mulheres. Quero tornar o Fundo Social mais independente com CNPJ para
expandir os trabalhos”.
Maria do Carmo Fernandes da Costa Filha – Maria do Carmo (Educação)
“Na fase de transição fizemos um
levantamento da estrutura da secretaria e das escolas e nesses primeiros trinta
dias nós vamos realizar algumas reestruturações: de cargos e funções,
remanejamento de pessoal em relação a merenda e transporte, verificar licitação,
material a ser entregue, analisar a qualidade da merenda, adequação nos prédios
e manutenção das instalações. Já
instauramos a equipe para fazer a revisão dos contratos e serviços da
prefeitura com empresas terceirizadas.
Hoje temos 36 mil alunos, sendo 3 mil
nas creches.
13 creches estão funcionando. Em todos
os setores há problemas, deslocamento de funções, falta de merenda e transporte.
Nos próximos 15 dias mais 2 mil crianças
voltam e em fevereiro já temos atribuição de aulas.
Através da ouvidoria temos reclamações
de funcionamento de creches. Então estruturamos a equipe de supervisores pra
visitar as unidades”.
Marcus Vinicius Lima – Marcus da RealTV
(Cultura e Turismo)
“Para esses primeiros dias de trabalho a
gente tem notado uma secretaria que precisa de continuidade em alguns aspectos.
Estamos ouvindo a população, os novos cursos serão ofertados de acordo com as
demandas, além dos que já existem.
Hoje nós temos quatro polos: A
biblioteca, o Museu, a Sede da Cultura e a Chácara dos italianos, todos com problemas
estruturais e físicos.
A Cultura vem com a ideia de
descentralizar as atividades, nãoqueremos que as crianças e a população venham para
o centro, queremos levar isso para os bairros. Estamos ouvindo a população e os
grupos organizados.
Cultura não é só evento é mais profundo,
enraizada nas pessoas.
A reabertura dos cursos será nesta
segunda feira (07 de janeiro).
Nosso objetivo é aumentar a capacidade
de atendimento e descentralizar a cultura”.
Maria Cristina Hellmeister de Abreu –
Cristina Abreu (Promoção Social)
“Eu estou com uma tarefa difícil, eu
peguei uma secretaria realmente com grandes problemas. No primeiro dia eu já
estava despejada, com os papéis jogados, não consegui colocar tudo no lugar. Mas
sei de uma grande preocupação, a promoção social é uma das secretarais que o nosso
prefeito se preocupa muito, tenho certeza disso, vamos nos empenhar da melhor
maneira possível, claro que a gente se preocupa com o estado físico, do prédio
e das instalações, mas no momento nós estamos preocupados com o ser humano, com
as pessoas e nós vamos correr atrás desse prejuízo que está ocorrendo na
promoção social.
Um dos grandes problemas é o bolsa
família temos que recadastrar 3 mil famílias, o mais rápido possível m uma força tarefa, esperamos que em 15 dias
possamos passar ao prefeito um relatório da rela situação da secretaria. Estou otimista”.
Guilherme Wendel de Magalhães –
Guilherme Magalhães (Planejamento)
“A nossa secretaria também não está fugindo
a regra, estamos sem espaço e com desvio de função. A missão que nós temos é
olhar para o futuro e de fazer um trabalho de atendimento a população em
primeiro lugar e de criar um escritório de projetos para buscar programas em
outras esferas e na área privada. Será uma nova articulação, uma nova maneira
de trabalhar.
Queremos atender essa demanda reprimida,
aprovação de plantas, documentação, precisa ser destravada, na organização de
projetos novos e a discussão de plano diretor, vamos trabalhar de forma
integrada”.
Ronaldo Fernandes Nava – Nava (Esportes
e Lazer)
“A situação que eu peguei o esporte foi
muito crítica. O estádio totalmente abandonado e as quadras totalmente sem
condições. Nosso foco principal vai ser a comunidade, o esporte para todos,
como bem diz o programa, vai ser dedicado às crianças carentes. Vamos abrir
polos esportivos nos bairros e trabalhar integrados com a Secretaria de
Promoção Social em atenção a terceira idade. Teremos Desenvolvimento de esporte
para toda a população com academias de esportes nas praças. Esporte é qualidade
de vida”.
Julio Alexandre Vasconcelos Gurgel do
Amaral – Julio Gurgel (Meio Ambiente)
“É de consenso que todas as secretarias
estão deterioradas e a minha não é diferente, não tem estrutura para prestar o
serviço adequado. Vamos implantar projetos, plano diretor, controle,
fiscalização, monitoramento. Vamos dar atenção, principalmente na parte de
entulho. Faremos um grande trabalho no Parque ecológico”.
Willian Sergio Maekawa Harada – William
Harada (Finanças)
“A
administração municipal aponta um déficit de R$ 140 mi. Com isso, o orçamento
municipal fica comprometido. Ao contrário da previsão orçamentária aprovada
pela Câmara Municipal no ano passado, a cidade não deve arrecadar R$ 546,6
milhões. Nós não pegamos um avião andando, pegamos um navio afundado. O valor
deve chegar somente à casa dos R$ 488 mi, desses se em 2012 foram arrecadados R$
386,1 mi, neste ano a arrecadação deve alcançar os R$ 400 mi. Com o orçamento
superestimado em R$ 80 mi, mais os 140 mi de déficit, teremos R$ 220 mi de
defasagem. Ou seja, o Dr. Mamoru vai ter que administrar a cidade com orçamento
real de R$ 268 milhões.
Nós
pegamos a Prefeitura na data contábil de 18 dezembro de 2012, foram efetuados
pagamentos até o último centavo. Haviam cheques que estavam prontos para serem
pagos, mas que foram interrompidos pois não tinha mais dinheiro. A gestão
passada fez o favor de suplementar R$ 466 mi, sendo que só arrecadou R$ 386 mi,
então eu diria tecnicamente que infelizmente não houve boa intenção.
Nós
temos um saldo de restos a pagar de R$ 148,1 mi em obrigações quando a
administração tinha R$ 5 milhões em caixa. No dia 02 de janeiro nós tínhamos um
saldo de R$ 5,285 mi já contando com receita de 2013, pois houve crédito no
primeiro dia útil do ano, desses apenas 560 mil reais eram da Prefeitura.
Temos
uma folha a ser paga para funcionários que deve ocorrer nesta terça-feira (08
de janeiro), quinto dia útil, em um montante de 14,5 mi.
A
Prefeitura de Itaquá está no vermelho e corre risco de perder recursos
estaduais e federais. Para que nos possamos reparcelar a
pendência junto ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) precisamos R$
de 4,5 mi que é o mínimo total 20 mi. Já no Instituto de Previdência da
Prefeitura precisamos entrar com R$ 3,4 mi de aproximadamente de R$ 40 mi, somente
após as negociações teremos condições de buscar recursos de outras esferas. A
prefeitura está sem dinheiro e sem condições de buscar verba dos Governos
Estadual e Federal”.
Augusto Vieira da Silva – Dr. Augusto
(Jurídico)
Representante
Secretário adjunto: Marcelo Morali Ferreira
“Hoje nós temos 70 mil execuções em
andamento no Fórum, sem contar o que ainda não foi ajuizado, ou seja, 10 mil
processos para cada procurador. Dentro da situação financeira o que nos resta é
recuperar essa dívida ativa que gira em torno de R$ 468 milhões que hoje está
ajuizada e fazer com que se torne uma receita importante para todas as
secretarias”.
Amilton Pegoraro – Amilton (Obras)
“Nós assumimos a secretaria em uma
situação precária, em termos de equipamentos, muitos estão sucateados, os que
não estão necessitam e manutenção de forma pesada. Diante da situação esta
manutenção será postergada. Faremos a manutenção dos serviços, porque obras
somente com recursos do estado ou do governo federal. Então nosso objetivo são
os serviços de manutenção, varrição tapa buraco. A parte de coleta é terceirizada
e estamos com pendência de pagamento, a parte de varrição é feita com recursos
próprios, mas necessitam de equipamentos e caminhões, a situação está precária.
Então essa parte de manutenção é prioridade, mas com muitos problemas. Tapa
buraco: Nós temos uma usina que tem a emulsão mas não tem os agregados para
fazer a mistura. Conto com a colaboração, se demorar algum reparo, paciência -
não é má vontade é falta de recurso mesmo”.
José Elidio Rosa Moreira - Elidio Moreira (Governo) “Nós precisamos fazer um trabalho de resgate da autoestima dos moradores. Além disso, o papel da secretaria de governo é facilitar o diálogo, montar a estrutura de um time, fazer o meio de campo para que elas tenham integração nos projetos. Ajudar o governo na relação com a Câmara”.
Adilson Gui Aparecido de Souza – Gui
(Habitação)
“A Secretaria é pequena, mas técnica.
Encontramos computadores, mas sem internet. Sem técnicos, um quadro de
funcionários que nem passava na secretaria. Temos muitos projetos, mas estamos
arriscados a perder estas verbas de outras esferas por falta de vontade
política. No momento queremos evitar perder o convênio que garante a construção
de 374 unidades habitacionais na Almeida Gil, área já desapropriada e já em
licitação. Temos um déficit de 17 mil unidades habitacionais. Sobre a legalização
fundiária, os loteamentos que estão mais avançados são: O Jardim Felix Milton e
Quinta da Boa Vista que aguardam laudo de situação socioeconômica e plano de
moradia”.
Maria José Pereira Zago (Saúde)
“Estou chocada com a situação. Falta de
tudo, há desvio de função. Precisamos da população porque dinheiro nós não
temos. Muitos contratos terminaram em 28 de dezembro, estamos sem funcionários.
Precisamos de criatividade, força e união”.
José Francisco Jacinto (Administração)
“Há muito desvio de função, cargos em
comissão, temos 7 mil funcionários e os efetivos não chegam a 50%. Há necessidade
de uma reforma administrativa, uma revisão de cargos e salários para organizar
a estrutura e valorizar os funcionários, com o plano de carreira. Não sabemos
onde estão os funcionários, muitos foram deslocados, mas nós vamos montar esse
quebra-cabeça. Vai haver muitas exonerações, principalmente para enxugar a
folha de pagamento e ajudar nas finanças”.
Nobuo Aoki Xiol – (Transportes)
”A situação não é nada boa. Na estrutura
física é difícil até dizer onde é a sede e que atendemos pessoas do lado de
fora porque não tem espaço do lado de dentro, que não temos setor de
sinalização porque não tem espaço para fazer uma placa. Sem contar que nossos
fornecedores que aguardam pagamento atrasado.
Temos 1 milhão passageiros/mês no
transporte coletivo, muito embora, temos 110 ônibus, mas no horário de pico
ainda tempos problemas e, por isso no prazo máximo de 30 dias teremos (a
empresa) que colocar ônibus de grande porte, funcionando como semi-expressos.
No mínimo 4 traçados vamos trazer nos horários da manhã e da tarde. E em um mês
faremos um estudo sobre a fluidez de trânsito, nós teremos uma empresa iniciando
o serviço antes desse prazo. Mas vocês vão me perguntar: Como contratar se não
tem dinheiro? – Mas eu tenho amigos, a empresa Oficina Engenheiros Associados,
que fez o plano de transito e transporte em Mogi das Cruzes será a responsável”.
Dalton Luiz Dename – Indústria e
Comércio
“A secretaria está precária. Temos o
rodoanel chegando, então estamos em conversação para qualificar mão de obra
para a população. Estamos estabelecendo parcerias com o SENAI, SENAC e vários
outros órgãos em busca de garantir a qualificação das pessoas da cidade para
que elas possam, trabalhar aqui, ganhar aqui e gastar os eu dinheiro aqui,
fortalecendo o município. Hoje temos 8.200 empresas e 12 mil comércios
efetivos, 4.200 microempreendedores e queremos triplicar esses números”.
Sonia Cristina Maziero – Secretaria de
Política para Mulheres
“Eu
senti que a secretaria nunca foi utilizada. Vou iniciar uma nova fase, dentro
de uma luta constante. Sabemos o que a cidade precisa e vamos trabalhar para
que as mulheres tenham seu espaço e reconhecimento”.
muito pouco foi feito mas quero acreditar que seja pela falta de recursos e pelo fato de ter pego a casa desarrumada, mas tem coisas que são básicas que já deveriam estar acontecendo, por exemplo tem secretário que não sabe aonde é o seu local de trabalho ainda, isso é lamentável, mas o salário já caiu na conta.
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