Açougue é fechado durante
operação “Comércio Legal”
Sem alvará de funcionamento e produtos estragados em estoque, estabelecimento do bairro Júlio de Carvalho foi o 11º interditado pela Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos em 15 dias de fiscalização; hoje (18 de fevereiro), outros 13 endereços foram visitados e notificados
Um açougue que funcionava no bairro Júlio de Carvalho, em Ferraz de Vasconcelos, foi lacrado na manhã de hoje (18 de fevereiro) pela administração municipal durante a operação “Comércio Legal”. Além de não ter alvará de funcionamento, o endereço tinha produtos em estoque fora do prazo de validade e até mesmo estragados. Esse é o 11º estabelecimento fechado em 15 dias de fiscalização. Ainda nesta segunda-feira, outros 13 foram notificados.
Iniciada no dia 4 de fevereiro pela Secretaria Municipal de Segurança, a operação “Comércio Legal” não tem data para terminar. O objetivo é visitar todos os estabelecimentos comerciais do município, autuar os que necessitam de adequações simples e interromper a atividade daqueles que estão funcionando fora da lei. Até o momento, 68 endereços foram fiscalizados. Destes, 11 foram fechados, sendo que quatro já conseguiram regularizar suas atividades.
Com apoio da Vigilância Sanitária de Ferraz, da Guarda Civil Municipal (GCM), do Departamento de Obras e do Departamento de Trânsito da prefeitura, a operação nesta segunda-feira teve início no bairro Júlio de Carvalho. Um açougue localizado na rua Leonor Barros de Oliveira foi um dos primeiros a ser vistoriado.
Por lá, foi verificado que o endereço não tinha alvará de funcionamento, nem um documento expedido pelo Sistema de Informação em Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo (Sivisa), que sinaliza que o local pode comercializar gêneros alimentícios. O açougue teve as portas lacradas, ainda, por ter em estoque produtos vencidos - como carne de frango que estaria sendo reaproveitada e revalidada - e estragados.
Segundo o secretário municipal de Segurança, o policial civil e bacharel em Direito Carlos César Alves, os estabelecimentos comerciais existentes na cidade que não atendam às exigências legais e sanitárias serão proibidos de operar enquanto não se adequarem, principalmente em respeito ao cliente, que pode, eventualmente, ao consumir um alimento mal acondicionado ou deteriorado, adoecer:
“Os endereços que vendem alimentos têm de zelar pela higiene. É necessário estocá-los com responsabilidade. Tratam-se, afinal, de produtos perecíveis. No açougue que lacramos hoje, encontramos frango vencido à venda para os consumidores. Não vamos permitir isso de forma alguma. Além do mais, não havia licenças mínimas para a operação”, observa a autoridade.
Ainda nesta segunda-feira, foram fiscalizados comércios na região da Vila Santo Antônio, próximos à estação Antônio Gianetti. Entre os locais contemplados pela blitz estão açougues, padarias, lanchonetes, casas de ração, restaurantes e perfumaria.
A operação vai ter continuidade nos próximos dias, sem a divulgação prévia dos horários, locais e bairros que serão visitados. Ao ser advertido, o proprietário do estabelecimento tem de sete a 15 dias, dependendo das irregularidades, para ajustar as deficiências apontadas pela fiscalização.
Providência
“Comércio Legal” faz parte da política de fiscalização determinada pelo prefeito de Ferraz, Acir dos Santos (PSDB), o Acir Filló, no dia 2 de janeiro. O chefe do Poder Executivo ferrazense, inclusive, foi um dos poucos gestores do País que vistoriou incisivamente casas noturnas da cidade antes mesmo de ocorrer a tragédia há quatro semanas em Santa Maria, cidade do Sul do Brasil, onde a boate Kiss pegou fogo e matou mais de 238 jovens. Em Ferraz, até o momento, quatro boates foram fechadas.
Secom/Ferraz de Vasconcelos
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