Saúde identifica unidades com abandono administrativo e operacional
Goteiras Casa Branca
Após três semanas de intensas vistorias em todo o setor da saúde do município, a secretária de Saúde, Valéria Riccio Genovezzi Fernandes, identificou o setor como um verdadeiro abandono administrativo e operacional. São UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em estado precário de conservação, produtos vencidos, problemas financeiros e diversas dificuldades de trabalho que foram deixadas pela administração anterior.
As UBSs foram encontradas com problemas estruturais como goteiras, necessidade de pintura tanto na parte interna como na externa e até com problemas de curto-circuito como na Tabamarajoara. “Tem lugares que possuem goteiras e nessa época de chuvas ficam cheio de água, o que atrapalha o atendimento ao público. Em uma mesma unidade, por exemplo, foi encontrada 43 lâmpadas queimadas”, ressalta.
Outro setor encontrado em situação crítica foi o odontológico, pois das 38 cadeiras existentes, 20 estavam quebradas. “Já fizemos a manutenção de 16 equipamentos e três já estão em processo de conserto”, revela. Um problema que dificultou o início dos trabalhos foi a falta de material para atendimento odontológico, que estavam com os estoques quase zerados em 80% das unidades. “Remanejamos um pouco de material de outras unidades para aquelas que estavam sem nada e já estamos providenciando compras emergenciais”, diz a secretária.
O gerador de energia do setor de Vigilância Epidemiológica estava apresentando vários problemas de funcionamento o que levou a perda de 2.534 doses de vacinas, após uma queda de energia elétrica. Na zoonoses, foi encontrado produtos de controle de pragas urbanas vencidos desde 2010 e estocados em locais inadequados. No almoxarifado da farmácia, foi encontrado medicamentos vencidos, inclusive itens que fazem parte de pedidos por liminar.
Na parte de recursos humanos também foram detectados diversos problemas, como horas extras não realizadas e pagas. “Alguns funcionários da prefeitura faziam horas extras e repassavam para outros, o que é considerado ilegal”. Valéria lembra ainda que quando assumiu, das oito ambulâncias do Samu, apenas uma estava funcionando e veículos com documentação vencida há mais de dois anos estavam circulando.
Financeiro
A secretária reforça que no setor financeiro também foi detectado diversas dificuldades. Segundo ela, algumas despesas da saúde é necessário que faça o pagamento de pronto atendimento, como transporte para pacientes para outras cidades e outros tipos que devem ser pagos à vista. Como várias prestações de adiantamento estavam rejeitadas, não foi possível pedir novos adiantamentos.
Para pagar despesas de 2012 não foi deixada dotação orçamentária e nem saldo para quitação, o que atrasou o pagamento de fornecedores. “Estamos tendo cobrança, mas não temos culpa, pois não foi deixado dinheiro em caixa e também não foi feita a previsão orçamentária. Estamos sem dotação e sem saldo financeiro. Agora vamos ajustar essa situação para poder sanar as despesas anteriores, de prestadores que fizeram o serviço e tem todo o direito de estar cobrando seus honorários”, finaliza a secretária.
Secretaria de Comunicação Institucional (SECOI)
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