Prefeitura e Estado anunciam redução na tarifa de transporte
O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin anunciaram hoje (19), no Palácio dos Bandeirantes, que as tarifas de ônibus, trem e metrô voltarão a custar R$ 3,00 a partir da próxima segunda-feira (24). A integração pelo Bilhete Único voltará ao valor de R$ 4,65. No último dia 2 de junho, as tarifas haviam sido reajustadas para R$ 3,20 (integração era de R$ 5).
Veja a íntegra do anúncio conjunto
Geraldo Alckmin
Duas palavras aqui. Primeiro, nossa total prioridade ao transporte coletivo, de qualidade. Estimular o transporte coletivo que a população precisa e deseja. A segunda é o compromisso com a cidade. Nós queremos tranqüilidade na cidade, que a cidade funcione, para que os temas legitimamente levantados nas manifestações possam ser debatidos com tranqüilidade. Então, quero dizer aqui que no caso do metrô e do tem, nós vamos revogar o reajuste, voltando a tarifa original de R$ 3. Sacrifício grande. Vamos ter que cortar investimentos, porque as empresas não suportar e não tem como arcar com essa diferença. Então, o tesouro paulista, o orçamento do Estado, vamos arcar com os custos, fazendo um ajuste na área de investimento, apertando o cinto, mas entendo que é importante para o transporte coletivo, que é prioridade, de alta capacidade e qualidade e de outro lado para a cidade para a gente poder ter tranqüilidade e debater temas legitimamente colocados
Fernando Haddad
Da mesma forma, a Prefeitura de São Paulo vem mantendo contato não só com o Governo do Estado, mas também com outros prefeitos de capitais, particularmente o Rio de Janeiro, que viveu este ano uma experiência muito parecida com a de São Paulo. Ou seja, o Rio de Janeiro também adiou o anúncio do reajuste para junho e quando fez o cálculo, já fez o cálculo com a desoneração do PIS/Cofins, razão pela qual houve essa pequena confusão de cidades que tinham aumentado em janeiro e estavam baixando e de São Paulo e Rio de Janeiro que, pegos no contrapé, apareceram como cidades que estavam aumentando no momento em que uma medida provisória desonerava o transporte público. Isso foi ruim para o debate público porque sinalizou equivocadamente que as desonerações não estavam sendo contempladas e já estavam sendo contempladas, razão pela qual o reajuste foi muito abaixo da inflação acumulada desde 2011. Mas, ainda assim, a proveito do diálogo com a cidade, eu reuni o Conselho da Cidade nesta semana, ouvi todos os conselheiros, conforme eu havia dito, eu não constitui um Conselho da Cidade para não ouvir em um momento delicado e também, para que o diálogo se restabeleça na cidade de São Paulo. Precisamos abrir a discussão sobre as consequências dessa decisão que foi tomada para hoje a para o futuro, porque conforme o governador disse, não há como fazê-lo sem as dispensas do investimento. O investimento acaba sendo comprometido. Então, esse debate vai ser feito agora com a sociedade, as implicações dessa medida. É um gesto de aproximação, é um gesto de abertura do entendimento de manutenção do espírito de democracia, de convívio pacífico, que nós continuaremos a fazer com a cidade, agora, com mais responsabilidade, porque temos que explicar as conseqüências desse gesto para o futuro de nossa cidade. Estaremos em diálogo permanente com a população de São Paulo nas subprefeituras para que o orçamento da cidade seja repensado a luz dessa nova realidade.
AI
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