sábado, 6 de abril de 2013

Prefeitura elabora dossiês para mostrar abandono em cemitério e Arquivo Morto


Prefeitura elabora dossiês para mostrar abandono em cemitério e Arquivo Morto 
                                                                    Paulino Fernandes

 
A Prefeitura de Suzano, por meio da Secretaria de Assuntos Administrativos, está elaborando dois dossiês para revelar o estado de abandono que foi encontrando o Cemitério São João Batista, no bairro do Raffo, e do Arquivo Morto Municipal. Os documentos que serão encaminhados ao Ministério Público (MP) comprovam a falta de planejamento e o descaso com o patrimônio público.

Atualmente, o Cemitério do Raffo possui sua quadra 14 totalmente interditada. A medida foi tomada a pedido do prefeito Paulo Tokuzumi, após detectar na segunda fase do cronograma de ações no local que existem quase 600 sepulturas em uma área que foi liberada em agosto de 2005 sem nenhum estudo técnico para tal feito. A medida ilegal tomada pela gestão anterior não seguiu os parâmetros básicos de viabilidade.

Por conta disso, em caráter emergencial, as secretarias de Assuntos Urbanos e Meio Ambiente também estão envolvidas na formulação de um estudo topográfico para mapear toda a área em questão e fazer um projeto no qual haja um efetivo escoamento de água, já que o local fica situado em declive.

A secretária de Assuntos Administrativos, Cíntia Renata Lira da Silva, responsável pelo encaminhamento do dossiê, relata que a Prefeitura fez um levantamento e detectou 180 locais de sepultamento temporário, já que a quadra 14 está embargada. Ela complementa dizendo que o ossário do cemitério, por exemplo, está a oito anos acumulando corpos exumados. “O estado atual do cemitério mostra o descaso com a dignidade das famílias, sem contar o impacto ambiental que existe ali, uma vez que a água da chuva escorre para o ossário e pode acabar atingindo o lençol freático”.
 
Arquivo Morto
Em relação ao Arquivo Morto da Prefeitura, o dossiê que também está em fase de elaboração mostra que desde 2010 os processos foram tirados do local em que eram arquivados e foram jogados em uma sala com infiltrações na Vila Figueira e em mais outros três locais. No ano passado, documentos importantes como ações jurídicas, arquivos para consulta de munícipes, além de históricos da cidade foram jogados em cima de uma caçamba e depositados sem nenhum controle nas repartições.

Para se ter uma noção da quantidade de documentos, eles ocupam totalmente um galpão com mais de 300 metros quadrados, além do antigo Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caica), que possui mais de oito cômodos. “É um absurdo o que observamos desse arquivo morto. 50% dos processos recentes da Prefeitura que precisam ser consultados não são encontrados. Isso dificulta o trabalho diário da pasta para a fluidez das ações do governo”, diz Cintia.

Para enfrentar esse problema de imediato, a Prefeitura providenciou um estudo para a recuperação e armazenamento dos documentos que estão em estado de decomposição. “Paralelamente ao trabalho de elaboração do dossiê, nossa intenção é recuperar esses documentos que podem causar sérios prejuízos à Prefeitura”, conclui a secretária de Assuntos Administrativos.

Secretaria de Comunicação Institucional (SECOI)

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