quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Prefeitura não esclarece falta de merenda nas creches



Por Gisele Santos

Blog da Gisele Santos e G1 ficam sem resposta sobre a falta de merenda nas creches municipais de Itaquaquecetuba

Depois deste blog publicar em primeira mão no início desta semana que creches municipais estariam sem merenda, eis mais uma reportagem que ilustra a realidade da educação no município.
O Blog da Gisele Santos entrou em contato com a Sabesp após obter informações de que algumas unidades estariam sem aula por conta da falta de água desde a última terça-feira e foi informado pela autarquia que na noite de quarta-feira (12 de dezembro) os serviços de manutenção por conta de um vazamento na adutora seriam finalizados e o abastecimento seria normalizado. 
Mas não é só esse o problema das unidades educacionais, a falta de merenda foi confirmada mais uma vez com o relato de Manoel Moreno dos Santos ao G1.
Contudo, questionada a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação garantiu que vai averiguar o motivo da falta de aula nas creches.

Como pode ser visto abaixo, em nota a empresa que fornece a merenda escolar confirma o corte e a falta de pagamento.

Abaixo, matéria publicada no G1 nesta quarta-feira (12 de dezembro):

Fonte: G1

Sem merenda, creches municipais liberam alunos em Itaquaquecetuba

Terça-feira (11) pais foram avisados em cima da hora que não haveria aula. 
Fornecedor da merenda suspendeu o serviço por falta de pagamento.


Foto: Pedro Carlos Leite/G1)


Alguns pais de alunos de creches municipais de Itaquaquecetuba, na Região Metropolitana de São Paulo, reclamam que as instituições estão paralisando as atividades por causa de falta de merenda. Foi o que aconteceu com o comerciante Manoel Moreno dos Santos. Ele levou sua neta de um ano e seis meses para a creche municipal Natálio Roberto Andreotti, na manhã da última terça feira (11), mas foi informado que não haveria aula. "Me disseram que não tinha merenda nem água na escola e pediram para voltar para casa", conta o comerciante.
Nesta quarta-feira (12) as crianças acabaram liberadas mais cedo. "As crianças entraram às sete e foram liberadas às 10h, sendo que o horário normal é até as 17 horas", conta Manoel.
Uma outra mãe, que não quis se identificar, tem um filho de quatro anos que estuda na creche, que fica no bairro Jardim Caiuby. Ela também confirma o problema. "Na segunda-feira os funcionários disseram que tiveram de raspar as panelas para distribuir comida para todas as crianças. Na terça não teve aula por causa disso e hoje meu filho entrou à uma da tarde e saiu às cinco", conta.
A mãe ainda afirmou que esta foi a primeira vez que faltou merenda na creche. "Meu filho estuda lá há dois anos e sempre teve problema de falta de papel higiênico. Agora dessa vez uns falam que falta água e alguns funcionários dizem que está faltando merenda.
As aulas da creche terminaram nesta quarta-feira. Na quinta (23) será feita uma reunião com pais e professores onde deve ser divulgado o calendário letivo do ano que vem.
Alguns professores das escolas municipais também reclamam de atraso no pagamento dos salários. Uma professora que preferiu não se identificar disse que o salário só saiu na terça-feira (11). "O certo é o pagamento cair até o quinto dia útil do mês. Teve vezes que o prefeito pagou até antes do quinto dia. A gente já teve outros problemas. No mês passado foi pago metade do salário e só seis dias depois veio a outra metade", disse.
Merenda sem pagamento
Em nota, a empresa SP Alimentação, que distribui merenda nas escolas municipais deItaquaquecetuba,  informou estar sem receber pagamento da prefeitura desde maio deste ano. Segundo a empresa, a dívida já supera R$ 9 milhões.
A nota informa ainda que "os serviços foram suspensos desde esta segunda-feira, dia 10 de dezembro. Contudo, a empresa SP Alimentação está pronta para retomar os serviços, tão logo os pagamentos sejam feitos".
A empresa diz ainda que "não retirou os seus equipamentos e utensílios que se encontram nas cozinhas das escolas. Apenas parte dos insumos foram retirados, para que os produtos, principalmente os perecíveis, não se tornassem indevidos ao consumo".
O G1 pediu esclarecimentos à Prefeitura de Itaquaquecetuba, mas até as 18h30 não obteve resposta.

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