Tal qual um vaso de barro, simples, barato e frágil, somos nós, cristãos, mesmo nessa humilde condição, capazes de servimos bem como lamparinas, como lâmpada para iluminar um caminho, o mundo, ou, ainda, para guardar um tesouro, para servir de referência. Embora fracos, somos fortes, graças à capacitação divina.
Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; somos perplexos, porém não desanimados; somos perseguidos, porém não desamparados; somos abatidos, porém não destruídos. Quando acreditamos com convicção em nós mesmos ou em algo não importa a “opinião dos outros”. Ainda que sejam bem intencionados (os outros), não devemos permitir que interfiram no curso de nossa vida, nas provas pelas quais temos de passar.
Opiniões encontram lugar em nosso íntimo, penetrando, de forma oportunista, em nossas carências e fragilidades. Elas chegam, muitas vezes, para resolver uma situação, mas por caminhos completamente dissociados da gente, daquilo que gostamos, de nossa missão na Terra e, sobretudo, de Deus e do que ele nos reserva.
Conselho de terceiros? Será que vai ajudar ou atrapalhar? Vai agregar ou separar? Enfim, será que é isso mesmo que Ele espera que eu faça? Essa reflexão ajuda bastante, principalmente quando perguntamos diretamente ao Pai: “Tem certeza de que sou eu mesmo que tem de passar por isso? Sou eu mesmo que o senhor quer que vença esse desafio, esta loucura?”. Geralmente, nessa hora, ouvimos reverberar em nosso ser a resposta: “Sim”. Aí, só cabe nos fortalecermos de maneira imensurável.
Saibam que, mesmo fracos, podemos nos fazer fortes, que não importa o obstáculo, ele pode ser enfrentado quando se tem a persistência e a fé como escudo e arma nessa vida.
Jeruza Lisboa Pacheco Reis é advogada e professora, mestre em Filosofia, vereadora em Poá, autora do livro “Rosa-Choque – Histórias de uma mulher que escolheu resistir, persistir e insistir” e do livro Poá: De Província à Estância Hidromineral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário